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PRESIDENTE DA AMT PARTICIPOU NA SESSÃO DE ABERTURA DO SEMINÁRIO “TRANSPORTE RODOVIÁRIO” DA TRANSPORTES & NEGÓCIOS

Presidente da AMT participou na Sessão de Abertura do Seminário “Transporte Rodoviário”  da Transportes & Negócios

A Presidente da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, Ana Paula Vitorino, esteve presente na Sessão de Abertura do Seminário sobre Transporte Rodoviário, organizado pela Transportes e Negócios, na cidade do Porto.

A intervenção da Presidente da AMT começou com um enquadramento da atividade do transporte rodoviário – de passageiros e de mercadorias – no contexto nacional e internacional, recordando alguns dos principais desafios que o setor enfrenta nos dias que correm.

“O setor dos transportes enfrenta inúmeras pressões como resultado de desafios globais, tais como as mudanças climáticas e as crises mundiais disruptivas, que por sua vez reclamam o aparecimento de novas tecnologias e soluções de mobilidade inovadoras”, começou por referir Ana Paula Vitorino.

Entre os grandes desafios enfrentados pelo setor do transporte rodoviário, a Presidente da AMT enalteceu “os problemas relacionados com a falta de mão-de-obra”, lembrando que “na Europa, em 2023, ficaram por preencher um número de vagas correspondente a 10% do número total de motoristas”, com “tendência para aumentar” segundo os dados da IRU - International World Transport Union.

Transporte Rodoviário de Mercadorias

No que concerne ao transporte rodoviário de mercadorias, a Presidente da AMT começou por recordar que este é um setor “insubstituível no fornecimento de bens essenciais”, defendendo que o mesmo “deve ser pensado no âmbito de toda a cadeia logística”.

Ana Paula Vitorino recordou que o novo Regulamento eFTI (e-Freight Transport Information) “será plenamente aplicável a partir de agosto de 2025”, vincando que o mesmo “constituirá um passo em frente na transformação digital do transporte de mercadorias na Europa”, enaltecendo os seus principais benefícios: “a redução dos custos administrativos nos transportes e logística, uma vez que, de acordo com as estimativas da Comissão Europeia, prevê-se que o setor poupe até 27 mil milhões de euros nos próximos 20 anos; a melhoria da eficiência global da cadeia logística; e uma aplicação mais eficaz das regras do transporte de mercadorias na União, garantindo a disponibilidade de mais dados de qualidade elevada e normalizada”.

A Presidente da AMT defendeu ainda que o transporte rodoviário de mercadorias deve continuar a ser “apoiado, incentivado e tornado competitivo”, uma vez que “continua a ser essencial na capilaridade do sistema de transportes, até na distribuição porta-a-porta”. Neste sentido, vincou “o imperativo investimento em tecnologia, na renovação de frotas e na formação e rejuvenescimento da força de trabalho”.

Transporte rodoviário de passageiros

Voltando o foco para o transporte rodoviário de passageiros, a Presidente da AMT começou por enaltecer que “existem provas conclusivas de que a abertura dos mercados criou um ambiente favorável à expansão dos serviços de transporte em autocarro a nível nacional e internacional”.

Fazendo uma breve retrospetiva da evolução dos passageiros transportados por modo rodoviário nos últimos anos – com destaque para a quebra acentuada durante a pandemia, mas também pela capacidade de recuperação após esse período –, Ana Paula Vitorino vincou que “tem havido da parte da AMT um importante esforço de capacitação das Autoridades de Transporte Locais, e também dos operadores de transportes”.

Defendeu ainda que “a celebração de contratos de serviço público é um processo que se pretende exigente e rigoroso”, de forma a alcançar uma “melhoria da oferta e da qualidade dos serviços, a clareza das obrigações dos operadores de transportes, os direitos dos utilizadores, uma melhor utilização dos recursos públicos, uma melhor supervisão e fiscalização do cumprimento de obrigações de serviço público e a concorrência entre operadores pela melhor oferta do mercado”.

“Por outro lado, a AMT encontra-se a refletir sobre os fatores críticos para os contratos de 2.ª geração sobre obrigações de serviço público no transporte de passageiros”, concluiu sobre este tema.

A terminar a sua intervenção, a Presidente da AMT deixou clara a “disponibilidade da AMT para colaborar – sem prejuízo do exercício dos poderes de regulação e supervisão – com todos os que atuam nos mercados da mobilidade e nos transportes, no sentido de contribuir para uma resposta consentânea com a dimensão dos desafios que hoje se colocam a todos e a cada um de nós.

A AMT esteve ainda representada no painel sobre Inteligência Artificial nos Transportes, com a participação de Rui Bebiano, da Direção de Supervisão.

Link para o discurso completo, AQUI.