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PAINEL III: O FINANCIAMENTO DA TRANSIÇÃO AMBIENTAL E O IMPULSO PARA A TRANSIÇÃO DIGITAL

Painel III: O Financiamento da Transição Ambiental e o Impulso para a Transição Digital

O último painel da Conferência “Desafios da Mobilidade nos Territórios de Baixa Densidade”, teve como tema “O Financiamento da Transição Ambiental e o Impulso para a Transição Digital”, tendo contado com a participação de Miguel Gaspar, responsável da SIBS, António Marques, Professor Catedrático do Departamento de Gestão e Economia da UBI, Pedro Inácio, Pró-reitor para a Universidade Digital da UBI, e Sofia Moreira de Sousa, Embaixadora Representante da Comissão Europeia em Portugal, enquanto oradores e contou com a moderação de Rui Pelejão, Sócio-Gerente e Diretor de Marketing do Jornal do Fundão.

Miguel Gaspar iniciou o painel com destaque para a necessidade de cumprimento dos compromissos ambientais, tais como o Acordo de Paris, num momento em que Portugal ainda está longe de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Na sua intervenção fez referência à importância da união dos setores públicos e privados para atingir o objetivo comum de “servir toda a população”.

O debate que se seguiu, moderado por Rui Pelejão, incidiu sobre a forma como os serviços de interesse económico geral, com obrigações de serviço público, devem ser financiados, por fontes públicas e privadas. Os intervenientes foram ainda convidados a refletir sobre as potencialidades da inovação digital e a investigação para a criação de verdadeiras regiões inteligentes.

Sofia Moreira de Sousa, a primeira interveniente no debate, destacou a importância da União Europeia no cumprimento das políticas para a promoção da transição energética, ambiental e digital, através da aposta na coesão, sustentabilidade e captação de financiamento. Referiu que “a União Europeia somos todos nós”, e que “a nível europeu podemos estar bastante orgulhos de ter um enquadramento regulatório bem mais equilibrado que outras regiões mundiais”.

Por sua vez, Pedro Inácio falou sobre a relação entre a digitalização e a mobilidade, defendendo que “não há dúvida de que o digital é a resposta para alguns desafios de mobilidade”. Contudo, alertou ainda para o potencial uso errado de tecnologia ou aplicações sem segurança, referindo que “na era de imediatismos é fácil cair no erro da proliferação de plataformas”.

Na última intervenção do dia, António Marques abordou a temática da descarbonização, da mobilidade elétrica e partilhou ainda a sua leitura acerca dos custos de operação no acesso às infraestruturas - “o problema que se coloca em regiões de baixa densidade é que quando queremos aceder a esses equipamentos para deslocações, incorremos em custos que são impeditivos de acesso”.