AMT APRESENTOU ESTUDOS COM SOLUÇÕES DE COMBATE À POBREZA DA MOBILIDADE
A AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes promoveu, esta terça-feira, dia 8 de abril, a Conferência “Combate à Pobreza da Mobilidade” (ver a sessão, AQUI), no Auditório da Sede da Ordem dos Engenheiros (Lisboa).
Neste evento, a AMT fez a apresentação pública de dois estudos com importantes contributos para o combate à pobreza da mobilidade em territórios com menor densidade populacional e com menos oferta de soluções de transporte e mobilidade:
1. O Estudo sobre Serviço Público de Transporte de Passageiros Flexível em Portugal
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2. O Estudo do Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior – Fase 1
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Estudo sobre Serviço Público de Transporte de Passageiros Flexível em Portugal
O evento começou com a Sessão de Abertura, com intervenções da Presidente do Conselho de Administração da AMT, Ana Paula Vitorino, e do Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando de Almeida Santos.
Seguiu-se o momento de apresentação pública do Estudo da AMT sobre Serviço Público de Transporte de Passageiros Flexível em Portugal, pela voz da Diretora de Supervisão da AMT, Susana Baptista.
Após a apresentação do Estudo, foi a vez de dar a palavra aos representantes das quatro Comunidades Intermunicipais (CIM) que foram a base de análise e avaliação da prestação de serviço público de transporte de passageiros flexível para este estudo: a CIM Região de Leiria, com intervenção de Luís Lopes; a CIM Região de Coimbra, pela voz de Nuno Poma; a CIM Viseu Dão Lafões, com intervenção de Nuno Martinho; e a CIM do Médio Tejo, representada por Miguel Pombeiro.
Os quatro representantes das CIM tiveram oportunidade de apresentar as soluções e experiências de transporte flexível nas suas regiões, seguindo-se um momento de debate entre todos, moderado por Susana Baptista.
O transporte de passageiros flexível tem-se consolidado como uma alternativa fundamental para suprir as lacunas dos transportes regulares, sobretudo em territórios de baixa densidade populacional ou em espaços periurbanos, onde a densidade populacional não justifica a implementação de uma oferta de transporte público. Serve a população idosa ou com mobilidade condicionada, facilitando o acesso a serviços essenciais, mas também a população ativa, oferecendo ligações diretas ao transporte regular em horários ou locais de baixa procura.
É uma solução que existe em muitos países da Europa e do mundo, em regiões que enfrentam o mesmo tipo de desafios, e que tem sabido recorrer às tecnologias digitais para otimizar rotas e horários. Estão em curso vários projetos piloto para testar a utilização de veículos autónomos.
O enquadramento deste modelo de transporte em Portugal foi formalizado pelo Decreto-Lei n.º 60/2016, de 8 de setembro, permitindo a adaptação do serviço às necessidades reais da população.
Neste estudo, a AMT analisa a atual implementação deste modelo de transporte a nível nacional e com exemplos de benchmarking internacional e formula um conjunto de recomendações para a sua melhoria, tendo como base de análise e avaliação a prestação de serviço público de transporte de passageiros flexível nas quatro comunidades intermunicipais acima referidas.
Estudo do Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior – Fase 1
A sessão da tarde ficou reservada para a apresentação da Fase 1 do Estudo do Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior, começando com a intervenção de abertura da Vogal do Conselho de Administração da AMT, Carina João Oliveira.
Hugo Oliveira, Diretor de Regulação da AMT, e Susana Baptista, Diretora de Supervisão da AMT, fizeram a apresentação pública da Fase 1 do Estudo do Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior, seguindo-se o momento em que foi dada a palavra aos cinco municípios envolvidos neste projeto: Sérgio Costa, Presidente da Câmara Municipal da Guarda; António Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Belmonte; Hélio Fazendeiro, Chefe de Gabinete do Presidente do Município da Covilhã; Miguel Gavinhos, Vice-Presidente da Câmara Municipal do Fundão; e Leopoldo Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco.
Por fim, foi promovido um painel de debate, moderado por Hugo Oliveira, que juntou diferentes stakeholders para uma discussão sobre os desafios da mobilidade na Beira Interior, no qual estiveram presentes: Carlos Fernandes, Vice-Presidente da Infraestruturas de Portugal; Lídia Monteiro, Vogal do Turismo de Portugal; Ana Palmeira de Oliveira, Presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa; Filipe Santos, Presidente da Associação MoveBeiras; Filipa Ribeiro, Vogal da CP - Comboios de Portugal.
Depois de, em novembro passado, ter sido feita a apresentação pública dos fundamentos e dos objetivos do Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior, este foi o momento para apresentar a Fase 1, dando um passo decisivo rumo à implementação deste verdadeiro sistema de mobilidade integrado para pessoas, território e economia dos cinco municípios envolvidos, contribuindo para a coesão social, económica, ambiental e territorial.
Recorde-se que, com este Projeto-Piloto, a AMT pretende construir um modelo que contribua para a criação de serviços e infraestruturas de mobilidade e transporte numa zona de baixa densidade populacional e com grandes desafios para cidadãos e empresas, modelo esse que poderá depois ser replicado – com as necessárias e devidas adaptações – a outros territórios de baixa densidade e de densidade dispersa.
